O Japamala





O Japamala (Japa: Repetição; Mala: Cordão), é usado em muitas tradições budistas e hinduistas com o objetivo de concentrar a mente do praticante em uma determinada frequência de energia criada com a constante recitação de uma palavra ou frase (mantra); mas algo que está concentrado não pode vislumbrar, é um estado preparatório para algo bem maior: a Atenção Plena, que é justamente a expansão da mente. Quando o ser humano é capaz de modificar o seu estado mental para perceber a maior parte dos acontecimentos ao seu redor e pricipalmente dentro dele mesmo, este é considerado um Super-Humano, pois tornar-se consciente de todas nossas ações é julgado pela ciência convencional como algo impossivel, mas visto pelos Gurus Yogues como um objetivo a ser realizado através de praticas meditativas constantes; assim como sabemos que se uma criança é impedida de andar em seus primeiros anos de vida, quando lhe for pedido no mais tardar que ela caminhe, será visto como algo irealizavel aos olhos da mesma, mas tão simples e essencial para quem ja desenvolveu tal habilidade; deste exemplo temos a nós mesmo quando nos é pedido tornar Atenciosos a todo gesto que fazemos, desde quando engolimos cada porção de saliva automaticamente em nosso organismo, até quando pensamos involuntariamente criando paisagens sofridas ou prazerosas em um plano ilusório. De tudo isto devemos nos tornar conscientes integralmente, mas se de todas estas ações estarmos Atentos a apenas 10% delas, seremos 1 em 1 milhão.
Constituido de 108 contas e mais uma pedra maior simbolizando o Princípio Criador do Universo - Meru - este objeto consagrado por nossas emanações deve estar sempre sendo utilizado para se manter carregado com as energias intuídas na hora de recitar os mantras, por isso é recomendado que se tenha um japamala para cada mantra, evitando de acontecer conflito de egregoras e de energização. Na soma das 108 contas por qual devemos passar temos o numero : 1 + 0 + 8 = 9 que também é encontrado nos japamala em forma de pulseiras que contém 27 contas : 2 + 7 = 9 e 4 x 27 = 108, e este é considerado um número sagrado para os hindus, pois
o alfabeto sânscrito possui 54 letras ou fonemas masculinos e 54 femininos, resultando em 108 fonemas, nos textos védicos o tempo (passado, presente e futuro) são divididos em 108 partes, são 108 as Gopis de Krishna e os Upanishads; recitar um mantra 108 vezes então potencializa seu poder com as energias sagradas entre o Cé e a Terra [11 x 22 x 33 = 108]. A esfera extra, geralmente maior que as outras 108, é a Sumeru, em referência ao monte Meru, simbolizando portando nosso canal principal de elevação energética Nadi Sushuma, assim é a representação de nosso retorno pelo canal que entramos, nossa conexão, que permiti continuar a Jornada, sem uma referência dificilmente saberiamos em que momento da contagem dos mantras estamos, dificilmente tentariamos chegar até a outra ponta do cordão, por isso, Sumeru nos guia neste caminho, como um compromisso firmado no começo, assim que iniciamos a japear, sabemos de alguma forma que devemos chegar até a outra ponta, depois da jornade de aprendizado, devemos voltar para casa, a Origem, ao acessarmos o mundo astral, não devemos ficar encantados por suas ludibris visões, emanadas da joia ofuscante da coroa de Maia, nosso dever é terminar o trabalho que iniciamos, cheirando as flores do caminho, mas sem arranca-las de seu lugar, estamos apenas de passagem, e nossa marcha deve ser como aquele que caminha no Fio da Navalha, em qualquer descuido, ou desvio de seu estreito caminho, poderá ferir-se gravimente. Ao mesmo tempo que chegamos ao nosso ponto de partida, e queiramos mais uma vez partir a fim de uma jornada, não devemos passar por cima de Sumeru, O Divino, mas sim, dar meia volta e recomeçar a trilha que nos liga ao mesmo ponto; somos criancinhas contruindo castelos de areia no quintal da Matéria, enquanto nossa Mãe Divina, nos contempla e alerta para a hora de deixar as diversões e continuar o caminho de volta para a Casa, antes que o vento da Dúvida e da Ilusão embriaguem seus sentidos, fazendo-nos cair cegos e doentes perante nossas perversões.
Seu uso exotérico, permiti que seja carregado como
amuleto ou que se faça vários mantras em um mesmo japamala, enquanto que o uso esotérico, restringe sua utilização como instrumento mágico, pois esta carregado com as energias intuídas em sua mentalização, e por isso, quanto menos pessoas tiverem contato com este objeto, mais potente será seu magnetismo, logo se este foi tocado por outra pessoa que não seja seu dono, deve-se lavá-lo com água corrente e sal, para quebrar as correntes de energias anteriores, desta forma a imantação do japamala deve começar novamente, lembrando que quanto mais seu portador o manuseia, mais fácil será a fluidez de suas correntes magnéticas a afinidade com o objetivo da meditação. Esotéricamente também, a contagem do mala deve ser feita com o dedo polegar e o médio da mão esquerda. Para o magista, o dedo polegar representa a garganta e o médio o poder criador, ou seja, entre uma pedra e outra, juntam-se estes dedos formando o Poder de Criação potencializado pala Garganta [A Criação pelo Verbo], atuando deste modo, diretamente na Matéria Primordial, o Éter, fazendo-o vibrar de acordo com suas emanações ou da energia carregada no mantra escolhido, desta forma conduz o aprendiz o seu trabalho mágico Criando a Consequência.

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O que Soou

"Eu Sou Muriddae

Que vive a procurar

Na lama dos porcos

No lodo dos rios

A Verdade

De tão simples onde está!"

guima-san